No ano de 1839, em Paris, o inventor Louis Jacques Mandé Daguerre apresenta ao
mundo sua mais recente invenção, que mudaria para sempre o modo de se registrar
acontecimentos, momentos históricos e cenas cotidianas: o daguerreótipo, método para se
gravar imagens sobra uma superfície (PATRÍCIO, 2011).
Um longo caminho foi percorrido pela humanidade até se chegar na invenção de
Daguerre, passando pela criação e desenvolvimento da câmara escura, que é o princípio
básico da fotografia, até o uso de produtos químicos, principalmente sais de prata, para se
fixar a imagem em determinada superfície.
A grande revolução causada pela invenção da fotografia foi na verdade, não o
mecanismo/aparato de captação, que já era conhecido, mas sim a criação de um
suporte químico sobre o qual a imagem projetada pudesse ser fixada sem precisar
que o artista realizasse um desenho manual sobre o suporte. (ANJOS, 2012, p. 2)
De mecanismos demorados, complicados e obsoletos, como eram o daguerreótipo e
outros processos similares de captura de imagem, a fotografia deu um salto, em 1888, com a
criação da primeira câmera fotográfica comercial, criada por George Eastman, a Kodak Nº1.
Este segundo momento da fotografia, utilizando filmes fotográficos, permitiu a pessoas
comuns o acesso ao registro de imagens e dominou a história da fotografia por mais de um
século.
Com a Kodak, a fotografia se tornou “instantânea” e qualquer amador poderia tirar
boas fotos. Com o slogan "You press the button, we do the rest", Eastman tentou
fazer da fotografia algo popular, fácil, que não necessitava muita técnica. Seu
argumento persuasivo era a possibilidade de uma história do dia-a-dia contada por
imagens feitas pelos próprios protagonistas. (BRUNET, 2001, p. 2)
O terceiro momento de grande importância na história da fotografia surgiu da
necessidade de se ver na hora as imagens que eram fotografadas. Surge a fotografia
instantânea, através da câmera Polaroid, idealizada em 1948 pelo inventor e físico Edwin
Land.
Estes três momentos da fotografia (daguerreótipo, fotografia de filme e fotografia
instantânea) têm como base a câmara escura e a fotoquímica acontecendo devido à presença
de sais de prata. Durante muitos anos gravar imagens teve estas características, até olançamento da fotografia digital.Alguns autores defendem que o ato de congelar imagens utilizando tecnologia digital
não pode ser chamado de fotografia, pois fotografia significa “escrita com a luz”, e as câmeras
digitais apenas captam sinais luminosos através de um sensor. “O - sistema de
codificação discreto – acaba por se opor ao - sistema analógico de registro
numa emulsão sensível, à base de sais de prata, das variações contínuas da luz refletida pelos
objetos” (MENDES, 2002, p. 51). No entanto, os equívocos da linguagem são aceitos na
linguagem popular e comercial.
Somente os filmes podem ser “revelados”. Utilizar esse termo para o digital, é um
erro aceito somente no comércio, para melhor entendimento da pessoa leiga no
assunto. Fotografia capturada com a tecnologia digital se “imprime” e não se revela.
(PATRÍCIO, 2011, p. 70)
O atual momento da fotografia, que utiliza a tecnologia digital, teve seu início na
década de 1980 e vem cada vez mais ganhando espaço com equipamentos compactos e
automáticos. Embora tenha se popularizado, ainda divide opiniões, principalmente, entre os
fotógrafos profissionais e aqueles mais antigos que não abandonaram os filmes analógicos.
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