A fotografia digital surgiu de forma muito precária, com equipamentos de baixa
qualidade e preço alto, se comparada com as câmeras analógicas. Mas surgiu para atender
necessidades da sua época, e três décadas após o lançamento da primeira câmera digital
comercial surgiram no mercado equipamentos compactos, de alta qualidade, presentes não
apenas na própria câmera, mas em dispositivos eletrônicos móveis, como celulares e tablets.
A câmera digital iniciou sua popularização na década de 1990, e a partir da década de
2000, com a inclusão de câmeras em aparelhos eletrônicos, um número maior de pessoas pôde
ter acesso à fotografia, embora esta tenha, em geral, qualidade pior do que as câmeras digitais
convencionais.
Este grande número de câmeras digitais, muitas com pouca qualidade, acabam por
banalizar o exercício da fotografia. Banalizar significa tornar vulgar, banal, comum, trivial,
sem originalidade (DICIONÁRIO AURÉLIO DE PORTUGUÊS).
Em todo lugar no mundo existe fotografia; na mídia impressa, em outdoors, nas
paredes das casas, em folhetos de propagandas, em álbuns de redes sociais e na internet de
uma forma geral.
Por meio de fotos, cada família constrói uma crônica visual de si mesma – um
conjunto portátil de imagens que dá testemunho da sua coesão. Pouco importam as
atividades fotografadas, contanto que as fotos sejam tiradas e estimadas. (SONTAG,
2004, p. 19)
Além do grande número de câmeras e fotografias que se vê, percebe-se também que
fotografar é hoje uma atividade quase que obrigatória em determinados momentos, como
viagens e festas. A câmera digital facilitou fotografar estes eventos em quantidade, no sentido
de que o fotógrafo pode tirar inúmeras imagens semelhantes, sem se preocupar em trocar o
filme e sem gastos com revelação. Contudo, desta forma é muito fácil obter-se uma fotografia
de qualidade duvidosa, além de ser lançada no mundo uma quantidade imensa de imagens,muitas das quais não chegará a ser impressa.
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